PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO
CONTINUADA EM TECNOLOGIA EDUCACIONAL
PROINFO INTEGRADO
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO DIGITAL
ESCOLA CIDADÃ – ALFABETIZAÇÃO E INCLUSÃO DIGITAL
Cristiane Gomes Carvalho
Formador: Humberto Mascarenhas
Tacaratu
2010
Introdução
Nas formas de organização social que estão surgindo na atualidade, a informação e o conhecimento tomam uma dimensão e desempenham um papel que vai além daquele que tem cumprido historicamente. A posição de cada pessoa no contexto social é, cada vez mais, mais produto do conhecimento que conseguiu desenvolver ou construir, no qual o conhecimento quanto ao uso da informação faz-se imprescindível.
É sabido que nem todas as pessoas têm acesso ao mundo da informática e que, apesar de muitas escolas da rede pública ter computador, apenas um número pequeno de professores e ou funcionários com conhecimento para utilizá-los. Além disso, no município de Tacaratu existem crianças e adolescentes de situação sócio-econômica precária que necessitam do aprendizado na área de computação.
Neste prisma o objetivo do projeto Escola cidadã- Alfabetização e Inclusão Digital, objetivado pelos cursistas do proinfo integrado do Curso de Introdução a Educação Digital, é iniciar crianças e adolescentes das escolas públicas do município de Tacaratu, no aprendizado e uso do computador e da internet. Dessa forma, essa iniciativa tem caráter humanitário, sem custo para as famílias envolvidas, além de buscar viabilizar o acesso aos recursos tecnológicos para os estudantes da rede pública, atendendo um dos princípios orientadores da extensão do curso que é democratizar o conhecimento acadêmico, articulando com as demandas da sociedade, gerando cidadania e inclusão digital partindo da esfera escolar.
Justificativa
Vivemos a era do conhecimento através da informatização. Entretanto, muitos ainda não tiveram a oportunidade de participar de cursos básicos de informática, outros sequer conhecem os equipamentos que são tão comuns no nosso cotidiano. Logo é válido ressaltar que a maioria das escolas públicas de Tacaratu não oferece cursos de informática.
É fato que muitos estudantes vêm de famílias de renda baixa, fator que os exclui automaticamente do mundo virtual, ou seja, da informática.
O projeto escola cidadã possibilitará o acesso ao conhecimento básico de informática que, com certeza, farão diferença na vida escolar, pessoal e profissional, saliento que este projeto foi elaborado a partir da inquietude oriunda das notórias manifestações das desigualdades sociais. Diante da realidade a Escola Cidadã como projeto busca demonstrar a importância da alfabetização digital para que o ocorra à inclusão digital. Fazendo surgir o acesso às tecnologias da informação e comunicação TIC’s, dentro das escolas, visando construir cidadania.
Objetivos
Geral
· Promover o crescimento pessoal e social dos estudantes ( do ensino infantil e fundamental ) das escolas públicas municipal do município de Tacaratu, levando a melhoria das condições de vida através de capacitação para utilizar os recursos básicos de informação num contexto lúdico, unificando teoria e pratica
Específicos
· Permitir que o corpo discente do ensino fundamental conheça o computador e seus aplicativos por meio de capacitação.
· Utilizar aplicativos de informática em atividades diversas.
· Orientar aos jovens quanto ao uso seguro do computador.
· Favorecer aos jovens acesso a internet como fonte de pesquisa, entretenimento, partilha, outros.
Metas
· Integrar os profissionais de educação aos cursos de formação na área de informática, introdução a Inclusão digital em 90%.
· Conscientizar aos docentes e discentes da importância dos recursos tecnológicos e quanto sua utilização no âmbito escolar em 100%.
· Desenvolver as capacidades criadoras em 100% do grupo escolar quanto a utilização das TICs em prol da aprendizagem dos infantes.
· Despertar a comunidade escolar a um fazer educativo inovador e prazeroso, inserindo a sua práxis projetos pedagógicos na qual se utilize as TICs em 80%.
Ações
Na busca de medidas da quais possibilitem aprimoramento em termos de conhecimento relevantes que norteiam a prática pedagógica de forma diferenciada, nos lares, na sociedade e na escola pautamos as seguintes ações:
· Sensibilização sobre a importância dos recursos tecnológicos;
· Exibição de vídeo;
· Palestras informais;
· Solicitação de cursos de formação continuada na área de informática e inclusão digital por parte da secretaria de educação, para os profissionais de educação;
· Realização de oficinas com amostras de como utilizar as TICs;
· Implantação de projetos pedagógicos utilizando as TICs para seu desenvolvimento.
Problematização
Quando se fala em informática, uma primeira visão para colocá-la em prática se restringe a ter um computador e, para isso, fazer parte de uma elite social.
É percebível, porém que o conhecimento diante da tecnologia da informação e comunicação transcende a essa visão, uma vez temos que ter clareza não só em aprender a usá-la, mas o que vamos fazer com ela. A grande problemática deste fato é que a sociedade está desprovida de conhecimentos sólidos diante da utilização precisa da informática, fator que pode ser explicado pela situação sócio-econômica do país, e a precariedade dos recursos tecnológicos disponibilizado pela rede municipal de ensino, que evidencia as contradições sociais através da desigualdade do conhecimento por parte dos excluídos.
Hipóteses
Ter acesso a informação não basta. É preciso saber lidar com ela; analisá-la aprofundá-la, descodificá-la e, após fazer uma síntese ao que realmente interessa, do que é útil, do que transmite ao novo, das relações que podem ser estabelecidas, ai então, se estará construído conhecimento.
Assim, é preciso que haja orientação sobre como transformar as informações relevantes em conhecimento. Levando o jovem a um ser crítico diante de tudo que está exposto, não se deixando influenciar.
Dessa forma entende-se que para preparar pessoas atuantes se faz necessário incentivar o espírito crítico e reforçar nos educandos o prazer em aprender a atingir seus objetivos.
Fundamentação Teórica
Com a existência de cada vez mais relações entre a sociedade contemporânea e as tecnologias de rede - TR institui-se uma necessidade de apropriação crítica dos novos aparatos tecnológicos disponíveis pelos indivíduos afins do que possam participar ativamente nos processos sociais e comunicacionais. Um dos espaços privilegiados de acesso a estes recursos, sendo inclusive, o primeiro contato para a grande parte da população brasileira é a escola.
Nesse sentido, processos de inclusão digital devem ser estendidos como experiências de produção crítica e criativa e também cuidante das TR em uma dinâmica de colaboração e comunicação.
Assim, verifica-se a necessidade de criação de estratégias que permitem a apropriação diferenciada das TR sob pena de impor os sujeitos a aceitação inconsciente da condição de consumidores de informação do conteúdo.
Nesse sentido é urgente que se entenda inclusão como digital como diz Teixeira 2005. Em um processo horizontal que deve acontecer a partir do interior dos grupos com vistas ao desenvolvimento de cultura de rede. Numa perspectiva que considere processos de interação, de construção de identidade, de ampliação da cultura e de valorização da diversidade para, a partir de uma postura de criação de conteúdos próprios e de exercício da cidadania possibilitar a quebra do ciclo de produção, consumo e dependência tecnocultural.
Nesse contexto a dinâmica social está sendo transformada rapidamente pelo advento das tecnologias e a escola lentamente busca espaço para a inserção das TIC’s que favoreça a inclusão digital aos seus clientes de forma dinâmica e contextualizada, contudo promover a inclusão digital envolve os cidadãos, o governo, as instituições públicas e, até mesmo, as privadas.
Promover a inclusão digital é algo que, além das questões sociais envolvidas, é um direito que o cidadão tem de participar das tecnologias existentes, terem uma educação mais atualizada, capacitação profissional e outros.
Tal constatação reforça que a inclusão digital é, mais do que possibilitar o acesso, são proporcionar um acesso qualificado as tecnologias digitais, fomentando uma postura de protagonismo, que englobe múltiplos saberes e que autorize a participar de um processo de inteligência coletiva. A escola nesse sentido, precisa ser um espaço de inclusão digital, conceito que pode potencializar uma nova pedagógica, baseada na autoria, na consultoria na troca e na cooperação entre os indivíduos e a natureza, de forma recíproca integrando toda comunidade escolar numa rede democrática de conhecimento que desencadeia a cidadania plena, de cada ser humano.
Metodologia
A metodologia utilizada neste projeto baseou-se nos PCNs que rege que o. ”Conhecimento que se quer proporcionar ou construir deve ser reflexivo e crítico”... ( folhas introdutórias p 23 ) dessa forma as atividades desenvolvidas para a exposição e análise das informações transmitida pela mídia.
Nesse contexto se faz necessário desenvolver atividades como: capacitação, observação, dos recursos tecnológicos, acessibilidade quanto ao uso dos recursos midiáticos, reflexão diante do software disponibilizados, produção de atividades por meio da informática e outros.
CRONOGRAMA
Sáb.14/08 | Dom.15/08 | Seg.16/08 | Ter.17/08 | Quar.18/08 | Quin.19/08 | Sex.20/08 | Sab.21/08 | |
Apresentação do tema gerador | x | |||||||
Estudo dos textos,pesquisas e discussões | x | x | x | |||||
Elaboração do projeto | x | x | x | x | ||||
Apresentação em plenária | x |
Conclusão
Considera-se que o conhecimento é imprescindível para o crescimento produtivo e para a competitividade do mundo globalizado. Por esse a concepção atual é chamada por sociedade do conhecimento.
Diante do conteúdo abordado no projeto foi possível reafirmar a importância das TIC’s no processo de desenvolvimento em um sentido mais amplo.
Apesar do avanço tecnológico, das conquistas e propostas implementadas, ainda existe um brande contingente de pessoas que não têm acesso as tecnologias básicas, muito menos as inovações tecnológicas. É preciso ampliar as iniciativas de promoção de inclusão, pois, a partir da ID um indivíduo tem a possibilidade de se comunicar, de formar eficiente e essa vantagem não se restringe somente ao indivíduo, mas, se estende ao mercado e ao desenvolvimento do país.
Para que o indivíduo seja incluso digitalmente é necessário que o mesmo tenha uma capacitação prévia que lhe permita a compreender as ferramentas de acesso. Isso significa que além da implementação de políticas públicas que visem a ID é necessário que haja uma articulação entre outras políticas como outras a educação.